No Brasil, a cada 15 segundos, uma mulher é espancada pelo companheiro. São dados assustadores, mais que estão prestes a diminuir com o Pacto Nacional de Enfrentamento da Violência contra a Mulher.
A iniciativa foi lançada em alguns estados e recentemente na Bahia. O objetivo desse projeto é chamar atenção da população para a necessidade dos estados e municípios criarem uma rede de combate através de parcerias.
O pacto não diminuirá os números de imediato, mas irá englobar quatro áreas: política nacional e implantação da Lei Maria da Penha; direitos sexuais e reprodutivos; meninas em situação de exploração sexual e mulheres em tráfico; e mulheres em situação de presídio.
Dona Maria, como é conhecida na Liberdade, bairro onde mora desde que nasceu, fazia parte das estatísticas assustadores que assombra a população atualmente. Desde que ficou viúva, há 15 anos atrás, ela conheceu seu ex-marido, no qual se separou a pouco mais de seis meses.
“Eu chegava em casa e ele me agredia. Eram tapas, murros, chutes e muita dor”, esse foi o desespero de Maria Evanil, 64 anos, empregada doméstica, que conviveu com o agressor dentro de casa por mais de 10 anos.
Para ela, as agressões sofridas em todo esse tempo, deixaram marcas que nunca mais serão apagadas. “Ele dava a desculpa que estava bêbado, mas na verdade eu percebia que ele sentia prazer em me bater”, afirma.
Para a delegada titular da Delegacia de Atendimento a Mulher, Cely Carlos, muitas agressões são derivadas do uso de drogas licitas e ilícitas, mas tem aqueles homens que costumam agredir pelo puro prazer. “A maioria das agressões o companheiro diz estar alcoolizado, isso é fato, mas não é desculpa. As mulheres têm que tomar coragem e denunciar, só assim esses covardes irão se intimidar”, afirma a titular.
Os dados também mostram que 70% das agressões aconteceram no ambiente doméstico, tendo como autores maridos ou companheiros. Em Salvador, os índices de violência contra a mulher são crescentes a cada ano. Em 2008, foram registradas mais de 18 mil ocorrências nas duas delegacias de atendimento a mulher presentes na capital.
Para a delegada Cely, a mulher tem que denunciar na primeira agressão pois, a partir da segunda, as agressões serão constantes. “O que eu mais luto nesse trabalho diário, é conscientizar as mulheres que na primeira agressão elas devem procurar uma delegacia e prestar queixa, pois a partir da segunda o agressor irá se acostumar com isso sem nenhuma timidez”, declara.
Notas do Programinha Salvador
-
Vejam as tabelas de avaliação. A prova final será dia 10 de dezembro.
CRITÉRIO / ALUNO 201111686 201111781 201111622 201220349 201120010
200910183 CORREÇÃO...
Há 11 anos